Legenda: C=café da manhã; A=almoço; L=lanche; J=jantar.
Programação:
1º Dia - Salvador - Santo Amaro - Cachoeira (J)
Encontro no aeroporto de Salvador (recomendamos a chegada antes das 16h). Dali saímos direto para a região do Recôncavo. Dependendo do tempo disponível podemos parar em São Francisco do Conde, na Igreja Santo Antônio, onde há uma linda vista para a Baía de Todos os Santos. Seguimos por uma linda estrada contornando a baía, via Santo Amaro da Purificação, para chegar em Cachoeira, no vale do Rio Paraguaçu. Esta pequena cidade de 35.000 habitantes tem um passado heroico pela participação nas lutas pela independência da Bahia. Também é uma das cidades que mais preserva a sua identidade cultural e histórica, com inúmeros casarões, igrejas e manifestações culturais.
Check-in e jantar. Hospedagem na Pousada Pai Thomaz.
2º Dia - Cachoeira – Muritiba - São Félix (C,A,J)
Nos séculos XVII e XVIII, Cachoeira foi a segunda economia da Bahia, devido à importância do entreposto comercial entre litoral e interior e às plantações de cana e tabaco. Ainda hoje é uma linda cidade com muitos atrativos e carrega o título de “Cidade Monumento Nacional” e “Cidade Heroica” e, todos os anos, no dia 25 de junho, é elevada a Sede do Governo da Bahia durante um dia. É a sede da Irmandade da Boa Morte, a terra de Castro Alves e de Ana Nery, e onde lutou a heroína Maria Quitéria na Independência.
Mesmo assim é pouco conhecida turisticamente. O movimento na pequena cidade é dos próprios habitantes e de somente alguns poucos turistas. Aqui poderemos admirar algumas preciosidades como as estátuas em madeira do Cristo com olhos puxados (vindas de Macau) ou a Igreja Matriz com o maior acervo de azulejos portugueses (equiparável ao da Igreja São Francisco de Salvador) fora de Portugal. Visitaremos também o Centro Cultural da Irmandade e um Terreiro, provas da forte ligação afro-brasileira, o museu e a antiga casa da Câmara, e a Cadeia Pública. Depois atravessamos a imponente Ponte Imperial Dom Pedro II, de 1885, sobre o Rio Paraguaçu. Na margem direita do rio cruzamos a cidadezinha de São Felix, onde nos esperam outras preciosidades. Primeiro subimos a serra até a secular Fazenda Santa Cruz para um almoço mais que especial, com uma vista maravilhosa do vale do Paraguaçu com as duas cidades.
À tarde, em São Félix, visitamos o acervo do artista Hansen Bahia, o Centro Cultural (primeiro prédio da fábrica de charutos) e a atual fábrica de charutos Dannemann. Nesta última, funcionárias vestidas com os trajes típicos das baianas mostram, trabalhando, como são feitos os charutos. Com um pouco de sorte, poderemos presenciar a parada do centrinho durante cerca de 20 minutos, quando o trem de carga com mais de 40 vagões atravessa toda a extensão da rua principal, indo ou vindo pela ponte Dom Pedro II.
Fim da tarde, voltamos para Cachoeira. Jantar no calçadão em frente à pousada.
3º Dia - Cachoeira – Maragogipe – São Francisco do Paraguaçu - Valença (C,A,J)
Após o café, check-out na pousada e a viagem continua para conhecer a parte sul do Recôncavo. Num distrito de Maragogipe, à beira do rio, visitamos a mestre ceramista Dona Cadú, uma alegre senhora de 100 anos que receberá o grupo no meio das suas centenas de panelas de barro. Ela mostrará a arte milenar da confecção de panelas e contará as histórias da vida. (A visita não é sempre garantida – apesar de ter uma boa saúde, pode estar em Salvador com os netos).
Seguimos até Maragogipe onde embarcados, navegaremos para explorar a Baía do Iguape, uma baía do próprio Rio Paraguaçu, reserva extrativista que fica um pouco antes da Baía de Todos os Santos. Neste lugar remoto encontra-se um dos monumentos mais significantes do século XVII, a igreja e as ruínas do Convento de Santo Antônio de Paraguaçu. Majestosamente situada às margens do rio, já foi cenário de capítulos da novela Velho Chico. Iniciada após a construção do Convento de Cairu, foi a segunda igreja franciscana do Brasil em estilo gótico brasileiro. A parte exterior se mantém relativamente intacta e, além do estilo brasileiro, podemos testemunhar uma influência da arquitetura indiana, provavelmente trazida pelos religiosos que acompanhavam as navegações portuguesas na região asiática. A igreja, as ruínas do claustro e a localização fazem deste lugar uma das mais singulares edificações do Brasil.
O almoço será num pequeno e simples restaurante familiar na vila e depois voltaremos de barco para Maragogipe. Na sequência seguiremos em van, durante aproximadamente 2 horas, até a cidade de Valença, a capital da Costa do Dendê.
Hospedagem no Hotel Rio Una e jantar.
4º Dia - Valença – Taperoá, roça do Juvenal e experiência de Cacau - Pratigi (C,A,J)
Este dia é dedicado ao cacau e à roça do interior. Saímos de Valença para chegar a Taperoá e, a partir daí, rodamos 10km em estrada de terra para o interior do vale do Rio das Almas. Em meio a uma região de dendezeiros e piaçaveiras conheceremos a roça de um pequeno agricultor, o Juvenal. Com muita alegria ele mostra a roça com cacau, guaraná, cravo, pimenta, urucum, piaçava, seringa, dendê e muitas frutas tropicais, entre outras plantas. É uma verdadeira aula ao ar livre sobre o modo de vida das pessoas do interior, tudo isso dentro de uma paisagem de Mata Atlântica. Depois seguimos mais 3km até o bar da Dona Maria, situado num belo lugar à beira do Rio das Almas, com uma pequena praia para tomar banho. O almoço que ela prepara é mais um festival de produtos da roça.
À tarde teremos uma experiência na roça de cacau do Zé Surdo. Ajudamos na seleção do cacau colhido, tiramos as sementes das cabaças e as colocamos dentro de uma espécie de cama de folhas de bananeira. Aí é só esperar pelo precioso líquido que sairá desta fruta, o “mel de cacau”, a bebida dos deuses, e apreciar esta delícia. Em seguida iremos fazer o nosso próprio chocolate. As sementes são torradas, descascadas e socadas no pilão, e depois de misturadas com açúcar e leite, leva-se tudo ao fogo. Após mexer uns 30 minutos teremos pronta a massa de chocolate. Esperamos esfriar um pouco e .... pronto, já podemos degustar esta iguaria preparada com nossas próprias mãos.
Depois seguiremos por mais uma hora até o litoral, para uma pousada pertinho da praia de Pratigi. O jantar será peixe à beira da praia.
Jantar na vila. Hospedagem na Pousada Pratigi.
5º Dia - Pratigi – Rio do Campo – Quilombo Jatimane (C,A,J)
De manhã sairemos por uma pista de areia com paisagem de restinga até a pequena comunidade Rio do Campo. Esta vila vive escondida em um canto da Baía de Camamu e tira seu sustento do mangue. O manguezal é um ecossistema complexo e um dos mais produtivos do planeta. Neste mundo de água e pequenas árvores retorcidas, faremos um passeio de canoa caiçara por dentro dos canais do mangue e, após uma pequena caminhada numa ilha, poderemos degustar ostras frescas na fogueira. Após o retorno para a vila, iremos experimentar o melhor catado de siri da Bahia na casa da Lenira. À tarde faremos uma caminhada pelas ruas de gramado da vila (sim, a maioria das ruas são de grama), olhando as mulheres catando o siri ou penteando a fibra da piaçava. No caminho de volta, visitaremos a Comunidade Quilombola do Jatimane, na qual os remanescentes apresentam a história, cultura e encantos do povoado. Durante a visita é exibida a extração da piaçava, planta fibrosa que tem muita importância financeira para a comunidade, e logo seremos conduzidos ao Jardim Sensorial, para aguçar os sentidos e apreciar ervas locais. Para finalizar a visita conheceremos a lojinha com as biojoias das artesãs da Associação, que transformam a fibra e o coco da piaçava em belas joias e artesanato.
No final da tarde voltamos para a pousada, ainda com tempo para um banho de mar. Jantar na vila.
6º Dia - Pratigi – livre ou passeio opcional (C)
A praia do Pratigi tem impressionantes 20km de areia fina cercada por coqueirais. Durante a semana ela permanece selvagem. A única estrutura é no ponto onde acaba a estrada - barracas de praia que oferecem petiscos e peixe frito. O dia fica livre para curtir este paraíso. A vista é espetacular, as ondas são fracas e o mar é calmo, favorável para caminhadas e um ótimo banho. Na maré baixa podemos caminhar pela praia até a ponta norte que fica a 7km de distância.
Jantar na vila ou na praia.
Obs.: como escolha opcional pode-se visitar a vila de pescadores da Barra do Serinhaém, ou passear de barco na Baía de Camamu, ou fazer um passeio de bike pela praia até a Ponta do Apaga Fogo.
7º Dia -Pratigi - Salvador (C,L,J)
Despedida do paraíso e nossa viagem segue para Salvador via Ilha de Itaparica. No caminho, parada numa barraca de ótimos beijus e numa igreja em ruínas que foi tomada pelo mato e pelas impressionantes raízes das gameleiras. Após a Ponte do Funil, atravessaremos a Ilha de Itaparica de sul a norte e seguiremos em ferry boat para Salvador. Hospedagem no Pelourinho. Se houver tempo poderemos conhecer uma parte do Pelourinho ou visitar uma apresentação do Ballet da Bahia (opcional).
Jantar de despedida no Pelourinho.
Hotel Bahiacafé
8º Dia - Salvador (C)
Havendo tempo antes do voo, pode-se fazer um walking tour no Pelourinho. Traslado para o aeroporto. (Recomendamos reservar um voo após o almoço).
Estamos fortemente comprometidos com os protocolos da Covid 19.
HOSPEDAGEM PREVISTA:
Pousada Pai Thomaz (ou similar)
Hotel Rio Uma (ou similar)
Pousada Pratigi (ou similar)
Hotel Bahia Café (ou similar)